O Pequeno Problema de Branca de Neve.
Há um pequeno grande problema com o live-action de ‘Branca de Neve’ da Disney.
Afinal, é hora de assobiar enquanto trabalhamos, senhoras e senhores.
Só tome cuidado com as maçãs envenenadas.
O primeiro trailer do próximo remake live-action da Disney de Branca de Neve e os Sete Anões finalmente foi lançado. E podemos observar um grande problema.
Ou devo dizer… pequeno problema?
Um pequeno problema enorme.
No elenco podemos ver Rachel Zegler como Branca de Neve, Ansu Kabia como o Caçador, Andrew Burnap como Jonathan (talves sobre para ele o papel de principe) e Gal Gadot como a Rainha Má.
Agora, depois de assistir ao trailer, quero apenas deixar claro que se fosse eu um Espelho Mágico, e Gal Gadot me perguntasse: quem é a mais bela de todas? Eu certamente diria: “Você, minha rainha Má”.
Mas eu por acaso não sou um espelho, nem ao menos mágico.
Até esse momento, tudo o que havia sido divulgado sobre o filme — que chegará aos cinemas em 21 de Março de 2025 — foi uma imagem estática de Branca de Neve e seus 7 anões.
Até aquele momento, estávamos todos felizes acreditando que os anões eram realmente anões.
Mas novas imagens plantaram na cabeça das pessoas uma ideia diferente disso.
Eles poderiam ter escalados pessoas reais, anões reais em vez de anões animados.
E honestamente esse trailer me deixa meio bravo.
Minha opinião sobre esse assunto se transformou desde que essa imagem foi lançada.
Eles apagaram as pessoas com nanismo completamente.
Chega a ser ironico, pois há muitos atores anões que adorariam um papel em filmes como Branca de Neve e os 7 anões.
Espere, há ouro problema aqui, o filme até retirou 7 anões do título do filme.
Honestamente ainda estou bem confuso quanto ao ideal ou ideologia do filme.
A tal cultura WOKE, ficou tão empolgada em escalar uma atriz latina como a Branca de Neve, mas fizeram questão de suprimir atores reais, e até o nome dos anões do título. E viva a inclusão!
A verdadeira história da Branca de Neve e os 7 anões é um clássico filme de animação da Disney lançado em 1938.
A história começa com uma bela princesa (que aqui deixou de ser) chamada Branca de Neve, cuja madrasta, a Rainha Má, é obcecada por ser a mais bela do reino.
A Rainha consulta seu Espelho Mágico diariamente, e um dia, o espelho revela que Branca de Neve é agora a mais bela de todas.
Enfurecida, a Rainha ordena que um caçador leve Branca de Neve para a floresta e a mate.
No entanto, o caçador não consegue cumprir a ordem e deixa Branca de Neve fugir.
Perdida na floresta, ela encontra uma cabana que pertence aos sete anões: Dunga, Zangado, Feliz, Soneca, Atchim, Mestre e Dengoso.
Os anões acolhem Branca de Neve, e ela passa a viver com eles, cuidando da casa e trazendo alegria para suas vidas.
Entretanto, a Rainha descobre que Branca de Neve ainda está viva e decide acabar com ela pessoalmente.
Disfarçada de velha, a Rainha oferece uma maçã envenenada a Branca de Neve, que cai em um sono profundo após dar uma mordida.
Os anões, ao descobrirem o que aconteceu, perseguem a Rainha, que acaba caindo de um penhasco.
Branca de Neve permanece em seu sono profundo.
Até que um príncipe, que havia se apaixonado por ela anteriormente, a encontra e a desperta com um beijo de amor verdadeiro.
Branca de Neve e o príncipe vivem felizes para sempre.
Mas agora, com a promessa de trazer modernidade para agradar às classes militantes, o filme tenta reescrever uma nova história.
Diferente daquela que encantou gerações desde o seu lançamento em 1938.
E por isso, o filme já está no olho do furacão e enfrentando duras críticas, mesmo antes de seu lançamento.
Essa polémica está ganhando proporções e debates intensos nas redes sociais e entre os fãs da personagem.
Além da questão da representatividade, outro ponto polémico é o fato da abordagem modernizada da trama.
Em entrevista Rachel Zegler, destacou que a nova versão de Branca de Neve não seguirá o roteiro tradicional de uma donzela em perigo à espera de ser resgatada por um príncipe.
Em seu lugar, entra uma protagonista retratada como uma líder em formação, determinada a tomar as rédeas de seu próprio destino.
Essa mudança na narrativa foi elogiada por aqueles que defendem uma maior autonomia e complexidade para personagens femininas.
Mas também gerou críticas de fãs que vêm a nova abordagem como uma traição ao espírito original da história.
A atriz Zegler fez duras críticas ao filme de 1937, e elas não passaram despercebidas.
Zegler não hesitou em apontar elementos que considera ultrapassados na animação original, como a passividade da protagonista e o comportamento do príncipe.
O seu posicionamento diante da situação fez o público reagir de maneiras bem diferentes.
Enquanto alguns aplaudiam sua franqueza, e outros a acusaram de desrespeitar um clássico amado por gerações.
As coisas inflamaram ainda mais quando começou a brotar rumores de que o papel do príncipe poderia ser reduzido ou até mesmo cortado do novo filme.
Uma decisão importante que, se for confirmada, certamente continuará a alimentando as discussões.
E teve reação até do filho do diretor do clássico, David Hale Hand, detonou o novo live-action da princesa estrelado por Rachel Zegler e Gal Gadot.
Durante uma entrevista ao The Telegraph [via Rolling Stone], o filho do cineasta definiu o novo filme como uma “desgraça” e comentou como a Disney faltou com “respeito” pela animação original de 1937.
“É um conceito totalmente diferente e eu discordo totalmente dele”, afirmou.
Atualmente com 91 anos, David não entende o motivo de quererem fazer “algo novo com algo que foi um sucesso tão grande antes”.
“Os pensamentos são tão radicais agora. Eles mudam as histórias, eles mudam o processo de pensamento dos personagens. Eles estão inventando novas coisas ‘woke’ (termo usado para pensamentos de esquerda), e eu simplesmente gosto de nada disso.”
“Acho francamente um pouco ofensivo [o que] eles podem ter feito com alguns desses filmes clássicos”, continuou. “Não há respeito pelo que a Disney fez e pelo que meu pai fez… acho que Walt [Disney] e ele estariam se revirando em seus túmulos”.
Mas o que de fato vai mudar em Branca de Neve que agora não tem mais os 7 anões?
Recentemente, as atrizes Gal Gadot e Rachel Zegler, que viverão respectivamente a Rainha Má e a Branca de Neve no novo live-action da animação, revelaram em entrevista à Variety que o longa terá grandes mudanças em relação ao original.
“A realidade é que o desenho animado foi feito há 85 anos e, portanto, é extremamente antiquado quando se trata de ideias de mulheres em papéis de poder e para o que uma mulher serve no mundo”, explicou Rachel.
Gal Gadot também adiantou que a princesa não será salva pelo príncipe. “Ela [Branca de Neve] não vai ser salva pelo príncipe e ela é a proativa, e é ela quem estabelece os termos, é o que torna isso tão relevante para onde estamos hoje”, disse a atriz israelense. “Ela não vai sonhar com o amor verdadeiro”, afirmou.
Bom gente, o que resta depois de tudo isso?
Acho super válido as pessoas reescreverem histórias, suas próprias histórias.
E cada um pode e deve se colocar no lugar que entender ser de direito.
Mas o que eu quero perguntar é: por que precisa riscar, reescrever, alterar, manchar uma história para escrever outra?
Isso definitivamente não faz sentido algum.
Não seria mais digno se cada um escrevesse sua própria história, sem precisar apagar a história do outro?
Mas no final das contas, talvez nem tudo esteja perdido, a rivalidade entre as mulheres continua.
A rainha Má vai perseguir e tentar destruir Branca de Neve.
Tudo porque o espelho resolveu mentir para ela. Vamos aguardar para ver se desta vez a rainha tem mais sorte.
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